De janeiro até esta sexta-feira (23), a Polícia Federal já abriu 100 inquéritos para apurar a conduta, numa média de um a cada dois dias. O levantamento foi realizado pelo jornal O Globo. A distribuição de dentaduras, botijões de gás ou outras vantagens em troca de votos é considerada crime.

Ao todo, a PF iniciou 1.061 investigações relacionadas a crimes eleitorais neste ano. Nem todas, contudo, têm relação direta com as disputas municipais de outubro. Entre as condutas que mais motivaram a instauração de inquéritos, por exemplo, está o chamado "Caixa 2" — 343 casos —, que ocorre quando o candidato utiliza recursos financeiros sem declarar à Justiça Eleitoral. As apurações, portanto, são relacionadas a campanhas anteriores.

No topo do ranking dos crimes eleitorais alvo de investigação, com 377 inquéritos, está a inscrição fraulenta de eleitores. São tentativas de enganar a Justiça Eleitoral quanto à condição de votar como, por exemplo, o caso de alguém que nunca visitou uma cidade e busca a inscrição para votar naquele município. O suposto eleitor pode ser punido com pena de até cinco anos de prisão caso seja pego.