A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um relatório sobre as tendências na prevalência do uso de tabaco no mundo de 2002 até 2030. Na publicação, são enfatizados os países que tiveram grandes evoluções na luta contra o tabagismo e que buscam se tornar países livres do fumo.
A Suécia é um dos destaques por ser a primeira nação na Europa prestes a atingir a marca de "livre do fumo" (smoke free, do inglês). Para isso, a taxa de fumantes na população adulta deve ser de até 5%, segundo definição da própria OMS. A previsão é de que o país tenha as taxas de tabagismo mais baixas da Europa até 2030, acompanhado do Reino Unido e Islândia que também atingiram bons resultados após adotarem produtos alternativos de nicotina em suas políticas públicas de redução do tabagismo.
Segundo o especialista e líder do movimento Smoke Free Suécia, Dr. Delon Human, "os últimos números oficiais da OMS são uma confirmação clara de que alternativas de risco reduzido, como os cigarros eletrônicos e sachês de nicotina oral, estão ajudando fumantes a abandonarem esse hábito letal". Dr. Human destaca ainda que os produtos alternativos são "uma saída de emergência para os cigarros combustíveis e chave para salvar milhões de vida ao redor do mundo".
Quando comparada a outras nações da União Europeia, a Suécia tem 44% menos mortes ocasionadas por doenças relacionadas ao tabaco e 38% menos óbitos atribuíveis ao câncer. Parte disso se deve ao incentivo do governo para que as pessoas façam a troca dos cigarros convencionais para os eletrônicos. Isso porque, ainda que não seja um produto de risco zero, os vapes podem ser até 95% menos prejudiciais do que o cigarro comum, segundo relatório conduzido por pesquisadores da King's College London e divulgado pelo ministério da saúde da Inglaterra (NHS).
Outra nação que se destaca é o Reino Unido que, segundo o relatório da OMS, até 2025 terá reduzido suas taxas de tabagismo em 48% desde 2010. O país criou o programa "trocar para parar" (swap to stop, do inglês), que permite que adultos fumantes recebam vapes de graça para que possam ajudá-los a parar de fumar.
"A mensagem aos países é simples: seguir a ciência e agir de acordo com as evidências que comprovam que produtos alternativos de nicotina são a chave para um futuro sem fumaça.", conclui Dr. Human.
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