Reunido com ministros e militantes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou um minuto de silêncio, nesta segunda-feira (20), em homenagem à Mãe Bernadete e às lideranças quilombolas assassinadas neste ano. O ato ocorreu pela manhã, durante a cerimônia para celebrar o Dia da Consciência Negra, organizada pelo governo federal no Palácio do Planalto.
Em 24 de agosto de 2023, o caso estampou a capa "Memória da Resistência" do Jornal Metropole, que relembou os detalhes do assassinato da ialorixá, morta dentro de casa, com 22 tiros. O crime ocorreu no dia 17 de agosto deste ano, três meses atrás.
A atualização mais recente sobre o homicídio foi divulgada na última quinta-feira (16), quando a Polícia Civil afirmou que a morte de Mãe Bernadete teria sido articulada a partir da insatisfação de um morador do Quilombo Pitanga dos Palmares, que instigou traficantes a matarem a líder quilombola.
No entanto, o filho da ialorixá, Jurandir Wellington Pacífico, discordou das conclusões apresentadas pela corporação. "Não concordo com o que foi apresentado pela polícia. Na minha avaliação, o tráfico foi contratado e executou a minha mãe a mando de alguém. A execução dela foi terceirizada para os traficantes", disse, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Dia da Consciência Negra
Além de Lula, a cerimônia contou com a presença dos ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos), Margareth Menezes (Cultura); Marina Silva (Meio Ambiente) e Anielle Franco (Igualdade Racial). Também contou com a participação da primeira-ministra Rosângela Lula da Silva, mais conhecida como Janja.
No evento, o mandatário assinou um pacote de 13 ações para incentivar a igualdade racial no país. As medidas contemplam titulações de territórios quilombolas, acordos de cooperação, abertura de editais e criação de grupos de trabalho de ministérios.
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