A Polícia Federal (PF) mira 12 investigados pelo atos golpistas do 8 de janeiro na 19ª fase da operação Lesa Pátria, com ações deflagradas na manhã desta quarta-feira (25). A etapa atual investiga tanto os participantes dos ataques quanto os incentivadores.

Foram emitidos cinco mandados de prisões preventivas e 13 mandados de busca e apreensão cumpridos em Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF). A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Um dos alvos de busca e apreensão é Leonardo Rodrigues de Jesus, que tem o apelido de Leo Índio, primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No fim do mês de janeiro, a PF já tinha feito buscas em endereços dele em Brasília e no Rio. Ele é um dos investigados no inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar a organização e financiamento das manifestações de 7 de setembro e os ataques ao STF.

Nas horas seguintes aos atos de vandalismo em Brasília, Léo Índio publicou imagens em uma rede social em cima do Congresso Nacional e próximo ao STF. Ele, que se descreve em suas redes sociais como sobrinho de Bolsonaro, foi candidato pelo PL à Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2022, mas não foi eleito. 

Segundo a PF, os fatos investigados incluem os seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido; e crimes da lei de terrorismo.