Em um encontro marcado pela tensão, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, juntamente com líderes partidários, transmitiram aos intermediários do presidente Lula (PT) seu descontentamento devido à morosidade na liberação de emendas e distribuição de cargos.
O Palácio do Planalto recebeu a mensagem, sinalizando um ressurgimento do desagrado na Câmara em relação à articulação política do Executivo. Esse desenvolvimento despertou apreensões na ala política do governo, que visa finalizar a reforma ministerial até o final desta semana.
José Guimarães (PT), o líder do governo, imediatamente compartilhou com os assessores palacianos suas impressões após sair da reunião na residência oficial da presidência da Câmara. Ao final do dia, ele se encontrou com Lula e o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), no Palácio do Planalto.
Lira e seus aliados, segundo relatos, reiteraram suas críticas ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), por ter canalizado parte do financiamento de antigas emendas de relator para projetos e obras em Mato Grosso, um reduto eleitoral.
Nos primeiros repasses efetuados pelo Ministério da Agricultura em junho, totalizando R$ 150 milhões, mais de R$ 130 milhões foram destinados a sete municípios do estado.
Após o STF decidir encerrar as emendas de relator, que eram uma moeda de troca crucial nas negociações entre o governo de Jair Bolsonaro (PL) e o Congresso Nacional, Lula herdou cerca de R$ 9,9 bilhões. O centrão, liderado por Lira, busca manter o controle sobre essa parcela das antigas emendas.
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