A possível adesão de PP e Republicanos, aliada à consolidação do apoio do União Brasil, deve levar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a contar formalmente com 374 dos 513 deputados federais.

O número é mais do que suficiente para aprovar emendas à Constituição (308). Mas esse é um cenário ainda completamente incerto, por dois motivos, segundo o jornal Folha de S. Paulo.O primeiro é o fato de o centrão não ter ainda firmado com Lula os termos do acordo, que além do comando de ministérios envolvem também uma profusão de cargos de segundo e terceiro escalões e melhorias na gerência das bilionárias emendas parlamentares.

O segundo, não menos relevante, é que mesmo que Lula faça uma reforma ministerial a contento de PP, Republicanos e União Brasil, certamente haverá dissidências nessas legendas, além das previstas nos dois outros partidos de centro e de direita considerados mais alinhados, o MDB e o PSD.

Membros do centrão ouvidos pela reportagem sob reserva demonstraram, entretanto, otimismo quanto ao acordo. Entendem que, mesmo com possíveis dissidentes, o governo petista caminha para estreitar laços com a Câmara dos Deputados e consolidar uma base com margem de manobra.